Temos de exigir dos prefeitos a responsabilidade que eles têm como poder público municipal e os programas que podem ser colocados em prática rapidamente sem depender dos governos estadual e federal.
Que parem as demagogias, os anúncios para “inglês” ver e a mania de atender os ricos que só procuram a prefeitura para alavancar seus negócios particulares.
É preciso um olhar mais social para uma série de demandas:
– Apoiar as pessoas, os trabalhadores e as famílias em situação de risco nas ruas, sem moradia, mais expostas à covid-19, passando sede e fome, é urgente.
Pois acreditamos que a população nesta situação, que segundo o IPEA cresceu 140% a partir de 2012, pode aumentar ainda mais se persistirem a crise econômica, o desemprego, a informalidade e a pandemia.
Exigimos, neste sentido, uma atuação mais intensa do poder público municipal na criação de frentes de trabalho contra o desemprego, nos investimentos em qualificação e requalificação profissional, no fortalecimento do comércio local na periferia e no atendimento de inúmeras outras áreas para a população socialmente mais vulnerável.
Cito algumas: segurança, educação, saúde, médico de família, assistência social e infraestrutura básica que proporcione qualidade de vida para todos.
Que os prefeitos também usem suas influências políticas no Congresso e junto ao governo federal e entrem com força total na luta pela manutenção do auxílio-emergencial, no valor original de R$ 600,00. O fim do auxílio em janeiro será uma tragédia ainda maior do que a deste momento.
Prefeito tem que prefeitar e governar para a maioria, principalmente para os mais pobres: que precisam sim do Estado sempre em ação para tirá-los da situação de sofrimento e de falta de horizontes e oportunidades.
A luta faz a lei!
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
Fonte: fsindical.org.br