Cerca de R$ 232 bilhões. Esse é o montante que deve ser injetado na economia brasileira, até dezembro, com o pagamento do 13º salário.
A estimativa do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, leva em conta o pagamento a cerca de 83 milhões de brasileiros que têm direito ao 13º.
O valor a ser incorporado na economia corresponde a cerca de 2,7% do PIB brasileiro, o Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
A média dos salários, segundo cálculo do departamento, passa dos R$ 2.500, por trabalhador. Mas a maior média do 13º está no Distrito Federal, que passa dos R$ 4.500. Já no Maranhão, o benefício não chega a R$ 1.700.
Dos R$ 232 bilhões a serem injetados na economia, quase metade deve ser pago na região Sudeste. Segundo o Dieese, é onde está a “maior capacidade econômica do país e onde se concentra a maioria dos empregos formais, aposentados e pensionistas”. A região Norte responde por apenas 4,7% do montante total.
Se analisado por setor, mais de 60% do valor total corresponde ao pagamento dos trabalhadores de serviços, incluindo os servidores públicos. Em seguida vem os trabalhadores da indústria, depois do comércio, e a construção civil com parcela igual à dos trabalhadores da agropecuária.
Segundo o Dieese, o cálculo não leva em conta os trabalhadores autônomos, os assalariados sem carteira de trabalho assinada, nem aqueles que recebem outro tipo de abono de fim de ano. Isso porque não há dados oficiais.
O estudo ainda mostra que, dos cerca de 83 milhões de brasileiros que devem receber o 13º salário, mais de 60% é de trabalhadores do mercado formal, incluindo trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada. Os outros quarenta por cento são de aposentados e pensionistas do INSS, e os aposentados e beneficiários da União, dos estados e dos municípios.
Fonte: fsindical.org.br