O secretário-geral António Guterres pediu o apoio de grandes instituições financeiras para o lançamento do Acelerador Global das Nações Unidas para Empregos e Proteção Social.
Entre as metas da iniciativa estão criar 400 milhões de novos empregos na economia verde e assistencial até 2030. Outro propósito é estender a proteção social a 4 bilhões de pessoas que ainda estão desprotegidas.
Estados frágeis
A informação foi revelada no encontro do Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, FMI, denominado Covid-19 e Estados frágeis: promovendo a recuperação resiliente para as comunidades mais vulneráveis.
Na sessão, realizada esta segunda-feira, o secretário-geral destacou três áreas de ação imediata para que a retoma da pandemia beneficie a todos, incluindo o grupo de nações.
Em primeiro lugar, António Guterres sugeriu que os investimentos sejam aumentados e direcionados tanto para o alívio da crise de curto prazo, quanto para a recuperação de longo prazo.
Para ilustrar o nível de custos do serviço da dívida, ele destacou que o endividamento público global disparou para 100% do Produto Interno Bruto, PIB. O chefe da ONU pediu prioridade aos mais necessitados no aumento da liquidez para os países.
Crises
Em segundo lugar, o secretário-geral disse que deve haver apoio a governos, especialmente em países afetados por crises e pela fragilidade.
Esse impulso teria como foco as políticas sociais e econômicas que consolidem a confiança de cidadãos e aumentem a resiliência contra choques futuros, incluindo a crise climática.
Guterres recomenda que sejam aplicados fundos significativos para alcançar a proteção social universal até 2030, e para que as pessoas estejam preparadas para o mundo do trabalho com novas habilidades e novas qualificações.
Por último, ele disse que para chegar aos avanços necessários, a comunidade internacional deve liderar o processo demonstrando solidariedade e confiança mútuas.
Para o chefe da ONU, cooperação deve ser coerente nos campos humanitário-desenvolvimento-paz para que se alcançar os objetivos comuns.
Fonte: fsindical.org.br