O imunologista Gustavo Cabral afirmou que não é o momento de falar em retirar as máscaras. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje sobre um possível fim da obrigatoriedade do uso do item de proteção no Brasil. “Isso é uma loucura. Essa não é hora de estarmos falando em retirar a máscara e retirar as ações não farmacológicas, como evitar aglomeração e o uso da máscara. O foco agora é vacinar o mais rápido possível o maior número de pessoas, controlar a pandemia e evitar que surjam novas variantes”, disse o especialista ao UOL News.
Na avaliação de Cabral, o que o ministro tentou fazer com esta declaração foi “tirar o foco do presidente, [porque] a CPI da Covid está mostrando para todo mundo que ele tem agido como um charlatão”. Para o imunologista, a atitude do ministro da Saúde deveria ser outra. “[Deveria] Chegar ao presidente e [falar] que o principal foco agora é evitar aglomeração, ter todo mundo usando a máscara, não só por conta da nova variante [a Delta], mas de outras”, disse. “Essa é a função do técnico, ter esse diálogo entre o povo, a política, mas sempre preservando pela ação que ajuda a preservar vidas.”
Segundo Queiroga, a medida será possível depois que toda a população brasileira estiver vacinada, mas não especificou se levará em conta outros aspectos da pandemia para tomar uma decisão. “Garanto a vocês, em nome do Bolsonaro, até o final do ano toda a população brasileira estará vacinada. Até o final do ano, poremos fim ao caráter pandêmico dessa doença no Brasil e vamos poder tirar de uma vez por todas essas máscaras, e desmascarar aqueles que, mesmo que nunca tenham usados máscaras, precisam ser desmascarados”, disse o médico durante discurso feito na inauguração da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Paranoá, em Brasília.
Fonte: uol.com.br