Todos esperavam ansiosamente pelo fim de 2016. Um ano complicado em todos os sentidos para o país e, principalmente, para os trabalhadores. Pois então, chegou 2017 e devemos ter muito claro que estamos iniciando outro ano tão ou mais complicado que o passado.
Os índices econômicos resistem em demonstrar uma realidade social sem muitas perspectivas de melhora no que tange ao desemprego e suas mazelas. As questões políticas colocadas pelo governo em pauta de urgência no final do ano passado em nada aliviam no curto prazo a situação dos trabalhadores. Ao contrário, as Reformas propostas até o momento indicam que a conta da crise cairá novamente nas costas de quem produz.
Nesse quadro só podemos esperar um ano de desafios enormes e históricos para o movimento sindical e sua capacidade de agir em favor dos trabalhadores. Nosso papel poderá ser (ou não) conclusivo para um futuro melhor em nosso país e sua população trabalhadora. Tudo dependerá, repito, de nossa capacidade de estarmos unidos em nossas ações e estratégias de lutas para defendermos nossos direitos. Em hipótese alguma poderemos estar desmobilizados ou divididos por questões “ideológicas” ou “partidárias” que apenas nos levam ao enfraquecimento e em nada poderá ajudar o trabalhador diante de tantas mudanças que estão por vir.
Enfim, aí está 2017. Cheio de indefinições, inseguranças e armadilhas que, definitivamente, mudarão para melhor ou pior a vida do país. Termos a consciência de que profundas mudanças estão ocorrendo em nossas estruturas; já é um bom começo para continuarmos nossas lutas. Nos omitirmos ou nos isentarmos das discussões que envolvem essas mudanças é o que de pior poderá acontecer ao movimento sindical brasileiro e aos direitos dos trabalhadores conquistados durante décadas de luta.
Claudio Magrão – Presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo
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