O MP (Ministério Público) entrou com uma representação no TCU (Tribunal de Contas da União) para que o governo federal devolva R$ 23 milhões que foram usados para divulgar o chamado “tratamento precoce” com remédios ineficazes contra a covid-19. “O gasto apresentado pelo governo federal à CPI do Covid configura procedimento imoral, ineficiente, ineficaz e irresponsável. Além de resultar em desperdício de recursos públicos que deve ser devidamente apurado e os responsáveis penalizados na forma da lei”, argumenta o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, que assina a representação.
Para ele, o gasto contraria princípios constitucionais que orientam as ações da administração pública, como o da moralidade e da eficiência. O subprocurador defendeu ainda que a divulgação do “tratamento precoce” expõe a população a medicamentos ineficazes e ainda pode desestimular as pessoas de procurar atendimento médico ou a vacinação. “Fica cada vez mais claro que o governo federal tem reiteradamente praticado atos que põem a saúde e a vida da população em perigo, além de representarem prejuízo ao erário”, escreveu o subprocurador.
A representação foi enviada hoje à ministra-presidente do TCU, Ana Arraes.
Fonte: noticias.uol.com.br