A tecnologia evolui, e os golpes também. A Kaspersky divulgou um relatório apontando as quais são as principais tendências de golpes digitais nos países da América Latina em 2022.
Existem golpes em ascensão, como ataques por meio de QR code, mas também velhos conhecidos dos brasileiros, como o roubo de dados por maquininhas de cartão.
Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kasperksy, alerta para o fato de que os criminosos estão sempre adaptando os ataques à realidade do momento e que, por isso, é preciso conhecer as vulnerabilidades presentes em atitudes do dia a dia. Para se proteger melhor, confira quais golpes tendem crescer no que vem:
Códigos QR
Analistas da Kaspersky têm identificado um crescimento nos ataques usando códigos QR, ou QR code. Isso acontece pela popularização dessa tecnologia, que tem ganhado as mais diversas utilizações, como publicidade em transportes públicos, cardápios de restaurantes e promoções.
Como acontece o golpe? O código QR é como um código de barras que pode ser escaneado pela câmera dos smartphones e abrir imediatamente um site ou uma geolocalização, por exemplo. Esse mecanismo acaba trazendo mais praticidade ao dia a dia. O problema é que golpistas já estão conseguindo criar códigos QR maliciosos que instalam aplicações no dispositivo da vítima ou as redirecionam para sites que solicitam informações confidenciais.
Pagamentos pelo celular
Outra grande oportunidade para os golpistas é a popularização dos pagamentos por smartphone. A digitalização dos serviços bancários acabou alcançando muito mais clientes com a pandemia e tende a se expandir ainda mais no ano que vem.
Como acontece o golpe? Existem muitas formas de criminosos terem acesso às movimentações realizadas pelo celular, mas as mais comuns passam por enganar as vítimas com links falsos de promoções ou cadastros.
Criptomoedas
Por mais que as criptomoedas sejam altamente voláteis e ofereçam riscos altos, elas têm se popularizado mesmo entre investidores pouco experientes. Esse movimento é intensificado na América Latina com a desvalorização das moedas nacionais frente ao dólar.
Como acontece o golpe? Por não serem especialistas no mercado de criptoativos, muitas pessoas acabaram confiando em empresas que anunciam opções de investimentos fáceis. Com isso, os golpistas captam os fundos e depois somem, seja imediatamente ou após alguns envios das comissões prometidas.
Pontos de venda
A retomada das atividades econômicas deve aumentar as transações financeiras realizadas por meio de pontos de pagamento, chamados tecnicamente de PoS (sigla em inglês para ponto de venda). São as conhecidas maquininhas de cartão que hoje são o meio mais comum de realizar pagamentos presencialmente.
Como acontece o golpe? Esse é um tipo de golpe que não depende muito do descuido do consumidor. O que os criminosos costumam fazer é se passarem por técnicos de empresas de cartões e com a desculpa de estarem realizando um procedimento de manutenção nas máquinas do estabelecimento, instalam softwares capazes de roubar os dados dos cartões.
Como se proteger de tudo isso?
Segundo a Kaspersky, os principais pontos a serem considerados para a proteção contra os golpes citados são:
Antivírus. Nem todo mundo tem o cuidado de instalar um antivírus no celular, mas de acordo com os especialistas, eles podem ser efetivos no combate a alguns tipos de golpes. Os aplicativos de proteção servem como uma barreira para links e downloads maliciosos, identificando páginas suspeitas e notificando os usuários.
Informação. Os aplicativos não são suficientes para barrar todos os golpes. Por isso, é importante lembrar de nunca compartilhar dados financeiros sem a certeza de que está utilizando uma plataforma confiável, ativar as notificações de movimentação de contas bancárias e proteger senhas com autenticação de dois fatores.
Para Assolini, saber como agir é o ponto principal. Segundo ele, quem conhece um golpe, raramente se torna vítima. “A pessoa desconfia: ‘essa promoção que está me pedindo para clicar em algo, instalar, inserir senha. Será que ela é real?’”, afirma o analista.
Fonte: 6minutos.uol.com.br