Em 2018, primeiro ano completo de vigência da reforma trabalhista (de julho de 2017), mais de 71 mil contratações ocorreram pela forma intermitente no país, representando 0,5% das admissões com carteira assinada. Em 2019, foram mais de 155 mil, ou 1,0% das admissões, sendo mais da metade (84 mil) no Sudeste. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada em 12/11/2020 pelo IBGE.
Em 2018, houve saldo (admissões, subtraídos os desligamentos) de 51,2 mil postos de trabalho com contrato intermitente, correspondendo a 9,4% do saldo de empregos com carteira assinada. Já em 2019, 85,7 mil novos postos gerados foram na modalidade intermitente, isto é, 13,3% de todos os novos empregos com carteira assinada.
O Nordeste foi a região com mais contratos intermitentes em detrimento dos contratos por prazo indeterminado: 19,9% do saldo de empregos na região Nordeste em 2019 foram na modalidade intermitente.
Com o avanço de contratos desse tipo, que não garante todos os direitos da CLT, a taxa de desocupação mostrou relativa melhora em 2019 frente a 2018 (12%).
A taxa de desocupação da população preta ou parda (13,6%) foi maior que a da população branca (9,2%), conforme padrão já observado na série. Mesmo entre pessoas com o mesmo nível de instrução, a taxa é maior para os pretos ou pardos em todos os níveis educacionais. No ensino fundamental completo ou médio incompleto, por exemplo, a taxa de desocupação varia de 13,7% entre brancos para 18,4% entre pretos ou pardos.
Fonte: fsindical.org.br