Retomada da indústria impulsionará sindicatos na mobilização da categoria metalúrgica pela renovação das cláusulas da Convenção Coletiva
Diante do quadro de recessão ainda existente no País, é uma boa notícia saber que a indústria, mesmo que de forma lenta e gradual, começa a se recuperar economicamente.
Para o Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa e região, este primeiro passo da indústria com melhorias na produção servirá de parâmetro para desde já a categoria metalúrgica se preparar para as negociações da campanha salarial deste ano (data-base: novembro).
“A classe patronal e os empresários receberam e ainda recebem ajuda do governo para manter seus negócios e suas atividades econômicas de pé nesta pandemia do Coronavírus. Para os trabalhadores, nada!”, critica Francisco Sales Gabriel Fernandes, o Chico, presidente do Sindicato e vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP.
Chico lembra que não tivemos nem uma medida provisória ou portaria favoráveis à classe trabalhadora e ao movimento sindical. “O patronato teve chances e alternativas: a desoneração da folha de pagamento e a medida da redução de jornada e salário, por exemplo, e tem ainda muita ajuda financeira”.
Para enfrentar estes tratamentos desiguais no mundo do trabalho é necessário muita união e mobilização. “É hora de nos prepararmos desde já, com reuniões e assembleias, inclusive virtuais, para a renovação das cláusulas sociais, sindicais, jurídicas e econômicas”.
A campanha salarial da Federação é unificada e reúne 54 sindicatos filiados em todo o Estado de SP, representando cerca de 800 mil metalúrgicos com data-base em novembro.
Os sindicatos também lutarão na campanha pelo fim do desemprego, pela garantia da ultratividade das convenções coletivas (item vetado pelo governo ao sancionar a MP 936), pelo prolongamento do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro (“Nenhum real a menos – que ninguém fique sem receber”) e por mais medidas que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores e das trabalhadoras nas fábricas contra o contágio do coronavírus.
Fonte: cntm.org.br