O desemprego tem preocupado os dirigentes sindicais e os trabalhadores brasileiros. O corte de pessoal voltou a subir em junho de 2015 na região metropolitana de São Paulo. A taxa passou de 12,9% em maio para 13,2% em junho, segundo o Dieese. Em junho de 2014, a taxa de desemprego havia sido de 11,3%.
Para o movimento sindical, o ajuste fiscal, a regressão de direitos trabalhistas e sociais, o aumento de impostos e a alta dos juros desestimularam o investimento produtivo, pondo um freio na atividade econômica. O consumidor passou a comprar menos, o comércio vendeu menos e precisou cortar seus pedidos para a indústria. Consequência: aceleração das demissões.
De acordo com a subseção Dieese da Força Sindical, aumentou o desemprego e caiu o emprego formal. Em junho, perdemos 111, 2 mil postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Nós, trabalhadores, responsáveis pela criação da riqueza, há anos vimos afirmando que privilegiar o rentismo equivale a trair as esperanças do povo brasileiro, que apostou que este governo defenderia os interesses do povo.
Já em junho de 2010, a Força Sindical e as demais Centrais apresentaram ao Governo Federal um conjunto de propostas para serem adotadas pela equipe da área econômica. E reivindicávamos medidas econômicas capazes de fazer o País crescer com democracia, soberania e valorização do trabalho.
Para caminhar nesta direção, lembrávamos, precisamos de uma economia marcada pelo controle da inflação, redução dos juros, geração de emprego e renda, por ganhos de produtividade e por aumento dos investimentos públicos e privados.
Isto significa que queremos estabelecer uma política que tenha como objetivo o crescimento sustentado pleno emprego e distribuição mais justa da renda produzida pelo trabalho.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical e da CNTM