Caros companheiros, neste mês de outubro realizamos várias assembleias em várias empresas para preservar os postos de trabalho de muitos trabalhadores. Também foram feitas reuniões com várias empresas negociando bancos de horas, redução de jornada de trabalho e salários, para que juntos possamos nos unir buscando um só objetivo, que é manter o emprego de cada trabalhador.
Mas também tivemos que ajuizarmos vários processos trabalhistas com algumas empresas. O nosso Departamento Jurídico protocolou cerca de 35 processos na Vara do Trabalho, porque as empresas demitiram e não efetuaram o pagamento das verbas rescisórias para os demitidos. Demitiram e, simplesmente, os patrões falaram para procurarem seus direitos.
Aquele trabalhador que é sócio do sindicato fica amparado por nós, pois nossos advogados dão toda cobertura necessária, e o trabalhador recebendo seus direitos trabalhistas, todo o montante é dele. Agora, quando o trabalhador não é sócio, se ele receber “dez”, somente “sete” é dele, porque “três” é do advogado. É aí que está a diferença do sócio para o não sócio.
Quando é com seu sócio, o Sindicato tem um compromisso. Por outro lado, também sabemos que têm muitos que não gostam de nós, que não querem ser sócios, mas quando a cobra fuma é aqui no Sindicato que vêm parar. Eu sempre digo que o portão do Sindicato é igual ao portão do Cemitério; não adianta não gostar, pois é ali que todos vão parar.
Outros falam mal de nós por aí. Também não resolve nada. Tem que falar para a pessoa certa, para conversar e resolver o problema; não ficar jogando conversa ao vento. Antes de falar de quem quer que seja, primeiro procure saber do trabalho que as pessoas fazem.
Geralmente, quem fala nem sócio é, ou então é aquele que só sabe falar, mas não participa de nada, só fica em cima do muro agitando, e quando a cobra fuma é o primeiro a correr, não aparece.
Caros companheiros, peço desculpas pelas palavras, porque muitos não merecem ler isto, mas, infelizmente, têm muitos que merecem. Desculpem, e obrigado a todos.
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