A Covid-19 já provocou mais de 126 mil mortes (dados de 5.9.2020) e escancarou os problemas que continuam atingindo milhões de brasileiros.
Entre eles: o déficit habitacional, a ausência de saneamento básico, a falta de acesso à água tratada e a extrema desigualdade regional e de renda, agravada pelo desemprego, pela sub-ocupação e pelo desalento.
É neste contexto que o auxílio emergencial se torna crucial para cerca de 60 milhões de brasileiros que, por estarem desempregados ou impedidos de realizarem os trabalhos que lhes provêm o sustento do dia a dia, necessitam destes recursos para sobrevivência.
Não podemos deixar que prevaleça a medida provisória do governo que reduziu pela metade o auxílio emergencial. Vale lembrar que o governo desde o início da pandemia nunca quis adotar o valor que reivindicamos.
Os 600 reais foram uma conquista das centrais sindicais junto ao Congresso Nacional e contribuíram para amenizar os efeitos da recessão.
Garantem renda básica para milhões de brasileiros, consumo, geração de faturamento, emprego e renda (por exemplo: nos setores beneficiados pelo aumento da demanda por alimentos e bebidas) e aumento da arrecadação decorrente da atividade econômica para o próprio Estado brasileiro.
Vamos intensificar esta luta, enviando mensagens aos representantes políticos de todo o País, sensibilizando-os pela continuidade do programa do auxílio emergencial de R$ 600, no mínimo, até dezembro. Nenhum real a menos! A luta faz a Lei!
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
Fonte: fsindical.org.br